sexta-feira, 12 de junho de 2009

michella silva


Aquele era um lugar estranho. E olha que ele estava ao meu redor por muito tempo. Senti o vento levar meus cabelos, isso foi tão bom! Não queria voltar a dormir, não queria voltar àquele lugar, queria ficar por alí mesmo e, talvez, descobrir novos lugares. Toquei em tudo que vi, percebi que as coisas mudaram bastante. Quanto tempo passou desde quando eu estava fora? Ou melhor, dentro de mim? Encostei-me numa árvore que se encontrava solitária num jardim sujo, velho, feio, totalmente desinteressante. Fechei os olhos e senti o calor agradável do sol poente tocar suavemente algumas partes do meu corpo que não estavam cobertas pela sombra que a árvore fazia. Então passei a lembrar de alguns momentos que compartilhei com a flor, só que tudo se foi muito rápido, não queria mais pensar nisso. Daí uma garota sentou-se ao meu lado e encostou-se na árvore também. Abri meus olhos rapidamente e assustado, passei a encará-la. E ela fez o mesmo, só que de modo desafiador. A garota tinha a pele impressionantemente alva, seus olhos eram uma transição de castanho para amarelo, mais claros que o mais puro mel e seus cabelos roxos, como jamais eu havia visto antes. Sorri para ela, encantado. E ela me retribuiu o sorriso, dizendo que o mundo podia ser comparado a um jardim enorme e não adiantava me limitar a admirar uma única flor. Olhei ao redor e tudo estava florido. Abracei-a e perguntei o seu nome. E ela apenas sussurrou em meu ouvido que era a minha mente gêmea e que nossas almas gostavam de conversar.

Um comentário:

  1. ameeeeeeeeeeeeeeei! que história liinda. Retrata muito o "eu" de nós mesmos (L)

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